sexta-feira, 22 de março de 2013

Diário de Bordo: Simplesmente Magia


Eu acredito que há magia em tudo, em todos os quatro cantos do mundo, nos lugares escuros e escondidos, nas nuvens, debaixo da terra, em cavernas, escondida embaixo de pedras, em sorrisos, gargalhadas, lágrimas, filmes, músicas, sentimentos. Há magia no pôr do sol, no assoviar de um pássaro, no barulho da chuva caindo no telhado, no vento balançando as folhas, na areia molhada, no cheiro das flores, existe magia em tudo, especialmente nas páginas de um livro.

Algumas pessoas não acreditam nisso, mas eu acredito, especialmente na magia que ninguém enxerga. Eu sei que você vai entender o que estou falando se houver magia em você: O que cria nosso vínculo com os livros? O que fez uma geração inteira abraçar a história do Menino Que Sobreviveu? Você entendeu não é? Sim, foi magia.

Quando essa magia te encontra você não tem saída, ela se torna parte de você, ela faz parte da sua pele, seus dedos, ouvidos, coração, pensamentos, sonhos, desejos, anseios, medos, dores e angustias, essa magia toma cada pedacinho de você, a magia que há em um livro é tão profunda que lábios humanos não são capazes de descrever.

Cada pessoa tem uma opinião, uma forma diferente de pensar, mas cá entre nós: Você gosta quando alguém aponta os pontos negativos, julga ou critica um livro que você gosta? Seu instinto é gritar com essa pessoa, defender seu livro querido com todas as suas forças e debater até o momento em que você não conseguir pronunciar nenhuma palavra.

Eu sou dessas leitoras que quando abre o livro é transportada para outro lugar, é muito clichê dizer isso, mas o que eu posso fazer? Os livros completam o mundo real, criam o meu mundo, só meu, e me levam para lugares que pertencem aos meus sonhos durante todas as noites, eles despertam todos os sentimentos mais profundos, até aqueles que eu sequer sabia que me habitavam, é diferente, é mágico.

Quando você termina um livro é como despertar de um sonho, você recorda toda a história, mas sente a dor de saber que acabou, se sente sozinho, órfão e magoado. Alguns desses livros você sente vontade de espalhar para o mundo quão incrível eles são, outros se tornaram tão íntimos, tão pessoais, tão “seus”, que você sente aquela possessão tomando conta de você, e então decide que não precisa espalhar sobre aquele, porque não quer sentir a dor de ouvir alguém falando de um livro que você tanto ama, ele é só seu, e ninguém vai tirá-lo dali.

No final, você acaba descobrindo que nenhum livro é feito apenas de páginas, tinta, encadernação, você finalmente percebe que ali há magia, história e vida, e quando você termina uma história, é tarde demais, você também pertence a ela! Eu acredito na magia, eu acredito em cada linha escrita em um livro, eu acredito nas histórias, nos personagens, nos lugares, nos vilões, e ninguém pode tirar isso de mim, esse é o meu mundo, o nosso mundo.


P.S. Eu sei que esse texto não fez muito sentido, mas quando eu termino um livro fico tão angustiada que preciso falar, escrever, gritar, não sei, então por que não contar pra vocês? Espero que me perdoem se tiver saído muito do contexto em algumas horas, é apenas o desabafo de uma órfã literária...

Larissa Mirandah

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