segunda-feira, 29 de abril de 2013

Diário de Bordo: O Outro Lado da História



Semana passada, a revista Veja separou algumas páginas de sua edição para falar de John Green, eu acabei dando um jeitinho de ler a reportagem, eu li somente A Culpa é das Estrelas do autor, mas foi o suficiente para me fazer enxergar o mundo de outra forma, esse autor tem todo o meu respeito, isso sem falar do quanto ele é demais, seja no VlogBrothers ou escrevendo seus livros, e os nerdfighters não ficam para trás, eles conseguiram fazer a blogosfera se virar para John Green durante uma semana inteira para o especial #TeoremaJohnGreen.


Durante a reportagem, John Green expressou sua opinião em relação ao termo sick lit, o que me deixou pensando sobre o assunto. De uns tempos pra cá, algumas pessoas vem denominando algumas obras que retratam algum tipo de doença, depressão, bullying, drogas, morte, distúrbios alimentares ou suicídio com o termo sick lit, ou seja, literatura de doença. Em janeiro, o jornal DailyMail e o The Guardian publicaram artigos que geraram uma repercussão no mundo dos leitores e blogs literários. Eles colocaram em pauta um questionamento a respeito do que a juventude de hoje lê, e destacaram que o termo sick lit, em minha opinião bastante pejorativo, vem se popularizando muito entre eles, e que de certa forma não era recomendado por incentivar seus leitores, mas a questão continua no ar: Como esse tipo de livro nos afeta?


Eu não concordei com o que foi dito pelos dois jornais, principalmente depois que eu li uma matéria no O Globo, fiquei muito feliz em ler uma opinião brasileira sobre o assunto. Os livros têm a capacidade de te fazer refletir sobre determinados assuntos, um livro de ficção ou fantasia aguça sua imaginação, te leva para outros lugares e cria mundos que pertencem somente a ti, mas ainda há aqueles autores que tem coragem suficiente para colocar no papel a realidade do mundo, seja ela qual for, eles não têm medo de expressar seus sentimentos e opiniões, eles mostram e colocam em nossas mãos temas que antigamente e até hoje as pessoas evitam discutir.


Eu me deparei com algumas pessoas que julgaram esses livros realistas como uma literatura doentia, capaz de levar a juventude a agir da mesma forma, eu de forma alguma concordo com tais argumentos, em minha opinião, uma pessoa tem o direito de ler aquilo que julgar adequado para si, não existe faixa etária nos livros, as pessoas têm a liberdade e o direito de escolher a que mundo quer pertencer.


Esse tipo de livro não desenvolve pensamentos ou ideias ruins nas pessoas que os leem, muito pelo contrário, eu acho que eles são capazes de abrir os olhos da sociedade para temas tão importantes, temas que poucos enxergam, o mundo não é um lugar perfeito, o mundo é repleto de problemas reais, de situações que podem ocorrer com qualquer um de nós, esses livros podem mostrar para seus leitores uma solução para esses problemas.


Esses livros tem a capacidade de me fazer enxergar tudo por um ângulo diferente, eu aprendi muito com eles, podem até serem livros fortes, mas eles são reais, eu sei que situações assim acontecem todos os dias, em qualquer lugar, com qualquer pessoa, esses livros nos fazem refletir sobre tudo que acontece ao nosso redor. Eu recomendo, sim, mas tenha a certeza de que suas histórias não são simples de serem lidas, eu fui tomada por sentimentos singulares, me derramei em lágrimas e senti a dor dos personagens, como sentiria com qualquer outro livro, porém, há uma diferença, eu sabia que uma história assim poderia ser real.


John Green disse o seguinte durante a entrevista publicada na revista Veja em relação ao livro A Culpa é das Estrelas e o termo sick lit: “Eu não quis retratar a doença como sendo transcendente, nem passar a mensagem de que ela nos ensina a sermos gratos por cada dia – nenhuma besteira dessas. Apenas tentei escrever uma história honesta sobre o câncer.” Para mim, os livros que abordam esse tipo de tema têm muito mais a oferecer do que as pessoas enxergam, o termo sick lit não é capaz de descrever a grandeza dessas histórias, há mais ali, a história de Hazel e Gus fez muitas pessoas chorarem e nem que por um minuto sentirem amor por aqueles personagens, aquela história era bem maior que o câncer.

Larissa Mirandah

sábado, 27 de abril de 2013

News!

Olá leitores, a semana, apesar de agitada e ter passado muito rápido, foi repleta de novidades, eu li muitas notícias legais, e fiquei sabendo de muitas coisas: adaptações, estreias, lançamentos, enfim, eu separei algumas das várias notícias que movimentaram a blogosfera essa semana.

Os Legados de Lorien
Foi divulgada a capa americana do quarto livro da série Os Legados de Lorien, The Fall of Five, a previsão de lançamento lá fora é para o mês de agosto, não há notícias sobre a data de lançamento no Brasil. Eu estou quase enlouquecendo, o quarto livro já está quase saindo e eu ainda não li sequer o segundo, e eu sou apaixonada pela série... Essa notícia foi divulgada na semana anterior, porém, eu acabei me esquecendo de colocá-la no post da semana passada. 


Adaptação: Divergente
[Fonte: Burn Book]
As adaptações cinematográficas de nossos queridos livros só aumentam, essa semana foi liberada a primeira imagem das gravações do filme, a chamada "cena das facas". Como eu já disse aqui no blog, eu ainda não li o livro, praticamente toda a blogosfera o elogia muito, acho que vou acabar cedendo a essa vontade e comprando o livro logo.


Bloodlines
Essa semana, a Editora Seguinte liberou a capa dos três primeiros volumes da série Bloodlines, da autora Richelle Mead. De acordo com a editora, as capas ainda não estão totalmente prontas. O primeiro volume, Lanços de Sangue, tem previsão de lançamento para o final de Junho.
Larissa Mirandah

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Na Playlist #6

Parece que quanto mais você observa o tempo passar, mais lentamente ele caminha. Essa semana eu decidi me desligar do tempo, e para minha surpresa, a semana passou muito rápido, foi agitada, corrida e muito divertida. Eu acredito que uma música muda tudo, se você parar e analisar verá essa afirmação é realmente verdade, por exemplo, você pode estar concentrada em algum cálculo de matemática que não entra na sua cabeça, mas quando começa aquela música você para tudo e começa a cantar, dançar, pular, talvez gritar, chorar, ou simplesmente se desliga de tudo e sente a música. Você pode estar angustiado, triste ou apenas chateado, mas se aquela música começar a tocar tudo muda e você sabe que aquele momento é só seu. Eu acredito na força de uma música. Não vou dizer nada sobre as músicas que eu separei, espero que elas falem por si, aproveitem.


Larissa Mirandah

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Para Sempre - Alyson Nöel


Título: Para Sempre
Título Original: Evermore
Autora: Alyson Nöel
Tradução: Marcelo Mendes
Editora: Intrísenca
Ano: 2009
Páginas: 304
Série: Os Imortais #1
Sinopse:
"Ever Bloom tinha uma vida perfeita: era uma garota popular, acabara de se tornar líder de torcida do principal time da escola e morava numa casa maravilhosa, com o pai, a mãe, uma irmãzinha e a cadela Buttercup. Nada no mundo parecia capaz de interferir em sua felicidade, o céu era o limite! Até que um desastre de automóvel transformou tudo em um pesadelo angustiante. Ever perdeu toda a sua família. Mudou de cidade, de escola, de amigos, e agora, além de todas essas transformações em sua vida, ela precisa aprender a conviver com uma realidade insuportável: após o acidente, ela adquiriu dons especiais. Ever enxerga a aura das outras pessoas, pode ouvir seus pensamentos e, com um simples toque, é capaz de conhecer a vida inteira de alguém. É insuportável. Ela foge do contato humano, esconde-se sob um capuz e não tira dos ouvidos os fones do i-pod, cujo som alto encobre o som das mentes a seu redor. Até que surge Damen. Tudo parece cessar quando ele se aproxima. Só ele consegue calar as vozes que a perturbam tão intensamente. Ever não entende o porquê disso, mas é incapaz de resistir à paz que ele lhe proporciona, à sensação de, novamente, ser uma pessoa normal. Ela não faz ideia de quem ou o quê Damen realmente é. Sua única certeza é estar cada vez mais envolvida... e apaixonada."
[Sinopse retirada do site da Livraria Saraiva]

Eu sou uma pessoa muito curiosa. Quando eu fui apresentada a blogosfera literária, uma das primeiras séries que eu conheci foi a da Alyson Nöel, Os Imortais. Essa série sempre dividiu muitas opiniões: algumas pessoas gostam, outras nem acharam motivos suficientes para prosseguir com a leitura dos próximos livros e por aí vai. O fato é que eu sempre fui muito curiosa em relação à série, a capa por si só já me incentivou a ler, então eu resolvi dar uma chance, afinal de contas, cada pessoa enxerga as coisas de uma forma.

Ever Bloom perdeu os pais e a irmã em um acidente de carro, e desde então mora com sua tia Sabine. Antes do acidente Ever era uma garota comum, com tudo o que queria: popularidade, admiradores, namorado, círculo de amigos, porém, após o acidente tudo o que ela conhecia mudou, ela passou a ouvir pensamentos, enxergar a áurea das pessoas e descobrir tudo sobre a vida de alguém ao menor toque. Ever carrega consigo um sentimento de culpa pelo acidente, porém há vários mistérios que a cercam: Por que apenas ela sobreviveu? Por que depois do acidente Ever ganhou esses dons?

A vida de Ever nunca mais foi a mesma, tudo que ela sempre quis e sonhou foi transformado em fumaça após o acidente, ela agora tem poucos amigos: Miles, Haven e sua irmã morta que a visita constantemente, Riley. Ever agora esconde toda a sua beleza dentro de roupas largas e um capuz, e os fones de ouvido se tornaram seu maior aliado, porém, um aluno novo surge e promete bagunçar tudo que Ever acreditava ser a sua vida: Damen.

Alyson Nöel tem uma narrativa incrível, independente da história, essa mulher sabe como escrever, em momento algum ela deixa a desejar. A autora conseguiu retratar alguns dramas da adolescência perfeitamente, a insegurança de Ever, os questionamentos incessantes, os sentimentos extremamente intensos, eu conseguia visualizar as ações e expressões da protagonista em cada cena, ela tornou tudo o mais real possível.

A premissa do livro é bastante original, apesar de ser relacionada a imortalidade é algo diferente, a forma como a autora colocou o tema e desenvolveu a história deixou-a mais próxima de nós, as explicações, o romance, a história da Ever e do Damen, eu consegui ligar tudo aquilo, consegui compreender a ideia da autora, e para minha surpresa eu gostei, contudo, fiquei realmente apaixonada quando entendi o significado das tulipas na capa.

Porém, existem alguns pontos negativos que devem ser levados em conta: Ever passa grande parte do livro se culpando pelo acidente, lamentando a morte deles, achei desnecessário, é claro que ela sente a falta deles, mas as razões que a levaram a se culpar não foram concretas o suficiente para me fazer acreditar, enfim, a protagonista não conseguiu cativar meu coração, que, por enquanto, pertence ao Damen e a Riley.

Sendo sincera, eu gostei mesmo do livro, há algo ali que me atraiu e me instigou a ler o restante da série, não é a minha preferida, porém, mesmo com receio de ler os outros livros eu pretendo me arriscar, não tenho pressa, a autora escreve muito bem e isso me fez querer ler mais obras dela. Eu não digo que você irá amar ou odiar, mas esteja ciente de que a protagonista é uma adolescente difícil e que você pode até encontrar obstáculos para continuar a leitura, portanto arrisque, você precisa tirar suas próprias conclusões em relação ao livro, eu gostei, mas o seu jeito de enxergar a história é diferente.

Larissa Mirandah

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Diário de Bordo: "Baila comigo?"

Imagem: Renan Nunes 
Todo ano, temos que fazer uma apresentação de dança no colégio, um dos bimestres é dedicado apenas a esse tema. Essa oportunidade gera uma divergência de opiniões: alguns alunos ficam muito animados, e outros logo começam a indagar sobre a repetição do tema todos os anos, porém, cá entre nós, a ideia de poder dançar me faz feliz, enquanto grande parte da classe se lamentava, eu, sem dúvida, piscava ansiosamente, a época de dançar é uma das minhas preferidas, esse é o trabalho do colégio que eu mais tenho prazer em realizar.

A dança é a arte de movimentar o corpo, criar movimentos singulares, mexer para um lado e para o outro, girar, saltar, a dança é balançar os pés, ela é aquilo que você acredita que ela seja. Quando eu danço posso ser eu mesma, posso me entregar diante daquela melodia, permitir sem resistência que meus pés me guiem para alguma constelação distante. É como se eu estivesse livre, como se eu pudesse flutuar, nesse momento tenho a vontade de fechar meus olhos e deixar que aquela música me domine, sou invadida por inúmeros sentimentos, então eu me permito esquecer o mundo real.

Quando eu danço nada mais importa: todas aquelas pessoas me olhando, os professores avaliando minha apresentação, o nervosismo, o medo de esquecer os passos, tudo desaparece, o único imperativo ali é dançar, dançar e dançar, e sim, é a única coisa que eu quero fazer.

Não importa onde, quando e com quem, todas elas sabem me encantar: a delicadeza exalada pelo balé, a garra em cada passo do Street Dance, a paixão avassaladora e cruel do tango, o ritmo alegre da salsa, a elegância sem precedentes da valsa, a liberdade irrevogável do rock, todas elas tem um significado para quem dança e para quem assiste, o significado pode não ser o mesmo para todos, mas o sentimento é.

Dançar é aumentar o som no último volume e pular, gritar e cantar desafinadamente a música até seus pés não suportarem mais, dançar é se expressar, é uma profissão, é uma das artes mais belas que foram criadas, dançar é ver a beleza no movimentar de um corpo em sincronia com outros, dançar é coragem, força, paciência e persistência, dançar é muito mais do que um dia eu consiga expressar.

A dança está nos olhos de quem vê, ela está nos pés que flutuam majestosamente sobre o chão, a dança pode estar no mais simples “pra frente, pra trás”, há muitos dançarinos por aí, aqueles que fazem parte de academias, companhias, aqueles que dançam em grupo, os que arriscam alguns passos nas pistas de dança e até mesmo aqueles que alegremente dançam dentro de casa ao ouvir aquela música maravilhosa, admitam, vocês são dançarinos secretos. Dança é liberdade, é atitude, dança é expressar-se. 

Larissa Mirandah

sábado, 20 de abril de 2013

News!

Se na semana passada eu comentei sobre tudo estar calmo, essa semana foi o contrário, tudo muito agitado, o que mais marcou a semana foi o trailer de Em Chamas, mas Larissa ele foi liberado no final de semana, sim, mas Jogos Vorazes tem essa força de dominar a blogosfera por uma semana inteira. Em relação a Bienal, essa semana foi divulgada a presença de mais um autor, sem contar os autores que já confirmaram, e a editora Paralela também divulgou que a autora da trilogia Crossfire, Sylvia Day, também estará presente divulgando o livro Para Sempre Sua, enfim, foram muitas as notícias, quem mais está ansioso com a Bienal? Em Chamas? E estreias de filmes?

Matthew Quick na Bienal
Eu acho que quase todo mundo já está sabendo dessa novidade: Matthew Quick, autor de O Lado Bom da Vida publicado pela editora Intrínseca, confirmou sua presença na Bienal do Livro desse ano, eu ainda não li livro, mas pretendo ler o mais rápido possível. A lista de autores confirmados só deve aumentar daqui para frente, ansiedade tomando conta!


Trailer de Em Chamas
Esse era sem dúvida um dos trailers mais aguardados por toda a blogosfera literária e até mesmo para quem só assistiu Jogos Vorazes, eu já disse que não li o livro, mas eu me senti no direito de surtar com o trailer igual todo mundo, e nossa, que trailer foi aquele? Só de lembrar meu coração dá pulinhos, dói ter que esperar até o fim do ano para assistir ao filme. O trailer deixou um gostinho muito diferente de Jogos Vorazes, eu não sei explicar, há algo diferente ali, e eu gostei disso, eu vibrei enquanto assistia e sem dúvidas a melhor parte é quando um senhor faz o sinal do Distrito 11 seguido pelo restante das pessoas, as cenas tristes do trailer já conseguiram me emocionar, enfim, eu simplesmente tive que me juntar aos que aguardam o filme loucamente, porque sim, eu sou um deles. 


Thor 2: O Mundo Sombrio
[Foto retirada do site Cinema 10]
Eu sou fã assumida de tudo que envolve a Marvel e seus heróis, graças ao meu pai, que me apresentou a esse mundo maravilhoso, uma das minhas maiores frustrações é nunca ter tido o prazer de ler os quadrinhos que ele tinha quando criança. Quando lançou o primeiro filme do Thor eu enlouqueci com ele, no cinema de nossa cidade não estava passando então saímos daqui e fomos para Valparaíso apenas para assistir a esse filme, e tudo que encontrei na sala de cinema me fez perceber que eu era mais apaixonada por heróis do que eu imaginava. O fim do primeiro é de deixar qualquer um louco, portanto eu aguardo ansiosamente o segundo desde então, que por sinal só vai estrear em Novembro *aguenta coração*, mas tudo bem, até lá eu me contento com o primeiro pôster divulgado com o Chris Hemswhort incrível como Thor. 

Larissa Mirandah

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Na Playlist #5

É tão bom quando você escuta aquela música e surge aquela sensação de que ela foi feita para você, para aquele momento, é como se a letra fosse um segredo apenas seu, e você precisa guardá-lo com cuidado. Existem artistas que mudaram o mundo, as pessoas, circunstâncias, e até mesmo opiniões apenas com as músicas, no Brasil, Legião Urbana, Cazuza, Titãs, e outros que são lembranças permanentes para muitos, no mundo Elvis Presley, Michael Jackson, The Beatles... Quantos deles ainda tem suas músicas ouvidas? Quantos foram responsáveis por mudar a opinião de várias gerações? Música não tem data de validade, tem sentimento, talvez as músicas que ouvimos hoje poderão permanecer até as próximas gerações, hoje minha playlist é repleta de músicas atuais, é como eu disse, o que conta é o sentimento.


Larissa Mirandah

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Eu Sou o Número Quatro - Pittacus Lore


Título: Eu Sou o Número Quatro
Título Original: I Am Number Four
Autor: Pittacus Lore
Tradução: Débora Isidoro
Editora: Intrínseca
Ano: 2011
Páginas: 352
Série: Os Legados de Lorien #1
Sinopse:
"Nove de nós vieram para cá. Somos parecidos com vocês. Falamos como vocês. Vivemos entre vocês. Mas não somos vocês. Temos poderes com os quais vocês só podem sonhar. Somos mais fortes e mais rápidos que qualquer coisa que já viram. Somos os super-heróis que vocês idolatram nos filmes — mas somos reais. O planeta Lorien foi destruído. Os habitantes foram dizimados, exceto nove crianças e seus Guardiões, que se exilaram na Terra. Mas a raça que devastou aquele planeta os seguiu. Os Nove estão sendo caçados. A guerra deles chegou à Terra, e aqui será decidida."
[Sinopse retirada do site da Livraria Saraiva]


Um planeta semelhante ao nosso chamado Lorien, foi atacado e assolado por mogadorianos, uma raça alienígena que viaja por galáxias em busca de planetas com os recursos que seu planeta não possui mais. Com o intuito de não deixar que sua espécie fosse totalmente extintas, nove lorienos foram mandados para o planeta Terra, onde deveriam treinar, aprimorar seus poderes para que um dia pudessem restaurar a vida de Lorien.

Para que houvesse uma chance maior de sobreviverem, cada um deles foi encantado com uma magia que permitia que eles fossem mortos apenas na ordem correta. Os nove lorienos se espalharam pelo mundo e ao lado de seus guardiões precisam se preparar para a grande batalha que os espera, porém, os mogadorianos estão apenas um passo atrás deles, eles estão caçando um por um. O Número Um foi capturado na Malásia, o Número Dois na Inglaterra, e o Número Três na Quênia, eles estão mortos, restam apenas sete, John Smith é o Número Quatro, agora a vida do planeta Terra está nas mãos dos lorienos.

“A porta começa a tremer...” Bem, é com essa frase que eu iniciei uma das leituras mais incríveis da minha vida. Eu nunca me interessei muito por aliens, mas há algo nesse livro que me fez agarrá-lo até chegar à última página. John Smith não tem uma vida simples como deveria ter, ele muda constantemente de colégio, cidade, país, nome e identidade, mas ele sabe o porquê, ele sabe que o Três está morto e que ele é o próximo, ele sabe que precisa se manter vivo, é o seu destino.

Quando terminei o livro fiquei pensando no quanto deve ser difícil mudar sempre, ser várias pessoas, e ainda carregar a imensa responsabilidade em saber que muitos morreram para que os nove lorienos tivessem a chance de sobreviver. O livro é narrado pelo John, ou Quatro, e é impossível você se desligar por um minuto da leitura, as cenas em que Lorien é descrita me deixaram deslumbrada, o treinamento de John, tudo é incrível e bem encaixado.
Henri é o guardião ou cêpan de John, eu, particularmente, tenho um imenso carinho por ele, Sarah é a primeira namorada de John e por mais que muitos a odeiem eu gosto dela, o namoro deles não é aquele romance bobo, é algo natural, divertido e ao mesmo tempo romântico, e Mark é o valentão, confesso que gostei dele, é bem clichê esse tipo de situação, mas a história não seria a mesma sem ele.

Contudo, meus personagens preferidos são o Sam e o Bernie Kosar. Sam é fissurado em aliens e acredita veementemente em conspirações alienígenas, sem contar que ele é um nerd muito fofo, ele se mostrou muito corajoso na história e sinceramente, ele é incrível, mas Bernie Kosar conseguiu roubar todos os holofotes toda vez que aparecia, eu me apaixonei por esse cachorro, como pode ser tão fofo assim, no final eu não consegui parar de sorrir quando certas coisas são reveladas a seu respeito, ele é, sem dúvida meu personagem favorito.

O livro foi escrito por James Frey e Jobie Hughes com pseudônimo de Pittacus Lore, ele é o ancião que sabia de todo o segredo a respeito dos nove lorienos, eu achei isso muito legal, tornou a história tão real, tão palpável que eu terminei o livro acreditando em tudo que eu li. Outro fato que merece atenção é toda a conscientização a respeito do nosso planeta que foi bastante destacada, é como se a história fosse uma espécie de alerta, um sinal para tomarmos atitudes.

Leitura mais do que recomendada, eu não poderia pedir mais desse livro, ele me mostrou que a ficção científica pode me agradar mais do que eu imaginava, ele me trouxe uma nova percepção sobre o planeta onde eu vivo e me fez repensar certas atitudes. Pittacus Lore me fez querer entrar na guerra ao lado dos lorienos, me fez querer empunhar espadas e ter poderes especiais, é como se eu também fizesse parte de Lorien, como se eu também fosse essencial para essa guerra, eu me senti uma loriena. Ainda não leu por quê? Corre!

"Nós podemos estar ao seu lado agora mesmo. Nós estamos observando você enquanto lê isto. Nós podemos estar na sua cidade, no seu bairro. Nós vivemos no anonimato. Nós esperamos pelo dia em que nós vamos nos reunir. Nós travaremos juntos a última batalha... Se nós vencermos, nós estaremos a salvo. E vocês também. Se perdermos, tudo estará perdido."



*Perdoem-me pela resenha enorme, mas quando o livro é favorito é difícil fazer uma resenha curta, e eu ainda deixei fatos de fora!

Larissa Mirandah

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Diário de Bordo: Vilão X Mocinho

Qual é mais difícil de ser: Vilão ou Mocinho? Eles existem em todos os lugares, nos jogos, nos livros, nos filmes, nas séries, e até mesmo na vida real, mas qual deles deve ter a vida mais difícil: Aquele que arrisca a própria vida para salvar as pessoas, ou aquele que anseia pelo poder e é capaz de tudo para ganhar? Antes eu diria que o mocinho tem a vida mais difícil, mas depois de reparar bem nas circunstâncias e consequências eu cheguei à conclusão que eu não sei dizer qual deles tem a vida mais complicada.

A maioria das pessoas é contra os vilões, afinal de contas eles destroem, estraçalham, quebram, matam, perturbam, instalam o caos, querem acabar com os mocinhos, e toda aquela história dos malvados, porém, são poucas as pessoas que gostam deles, tudo bem, eu confesso, eu também adoro os vilões: O que seria do mundo sem o Lord Voldemort? Capitão Gancho? Lokesh? Loki? Bellatrix Lestrange? Coringa? Magneto? Sauron? Conde Olaf? Shan-Yu? Capitão Feio?

Em minha opinião, o adjetivo “vilão” é algo muito relativo, eu chego a duvidar de alguns, como o Capitão Feio, ele adora atrapalhar a vida do Cascão, mas em um dos meus gibis há uma história em que ele mostra ser uma pessoa comum, que só quer ter amigos. Não deve ser fácil ser um vilão, não sei se eu conseguiria me colocar em risco, enfrentar milhares de opiniões e ainda ter a coragem de tentar dominar o mundo, o vilão se coloca em uma posição complicada, ele se torna solitário e quase sempre não tem um final muito bom, mas todo mundo vai dizer que ele tem que sofrer porque é malvado ou fez coisas horríveis, mas eles também são pessoas comuns, bem, a maioria.

Engana-se quem pensa que os mocinhos tem uma vida fácil, eu não tenho ideia do quanto a responsabilidade de proteger as pessoas, fazer o bem e derrotar os vilões deve pesar, e se algo der errado em quem vai cair a culpa? E se ele estiver sozinho na batalha? E se ninguém reconhecer o que ele fez e começarem a enxergá-lo como um vilão?  E se o mundo inteiro se voltar contra eles, como no filme do Homem de Ferro? E se no final, tudo que ele fez foi em vão?

Eu não sei escolher um lado, os mocinhos existiriam se não houvesse vilões? Haveriam batalhas a serem travadas? Guerras a serem ganhas? Gritos de vitória a serem ouvidos? Se pararmos para pensar veremos que a geração Harry Potter também amou Lord Voldemort, que Loki não passou despercebido diante das pessoas ou que o Peter Pan não seria tão incrível se não estivesse ao lado do Capitão Gancho, O Menino Que Sobreviveu não seria um personagem tão querido se Lord Voldemort não estivesse presente na história, ou talvez seria, nunca saberemos, o que eu quero dizer é que um mundo sem vilões não seria um mundo.

Eu defendo os dois lados, já vi muitas pessoas falarem dos vilões com tanto carinho como quando falam dos mocinhos, eles são importantes, eles são necessários, eu não resisto a um vilão terrível com planos doentios para dominar o mundo, mas eu também amos os mocinhos, eles me fazem vibrar de alegria, trazem lágrimas aos meus olhos e arrancam gritos da minha garganta, sim, eu preciso de ambos, sem dúvidas, eu sou irrevogavelmente fã de ambos os lados, qualquer um deles poderia ser o vilão. Mas afinal de contas, quem sou eu para determinar vilões e mocinhos? Quem sou eu para julgá-los? 




Larissa Mirandah

sábado, 13 de abril de 2013

News!

Ou as coisas andam muito calmas ultimamente, ou eu que não sei de todas as novidades, foi semana de prova para mim e eu estudei até mais do que eu achava aguentar, então, consequentemente me desliguei um pouco de tudo, porém, tivemos algumas novidades, confiram!

Pré-venda
Eu não li todos os livros da série Percy Jackson e os Olimpianos até hoje, o que me parte o coração, mas eu acompanho tudo sobre Os Heróis do Olimpo, e sei o quanto os fãs estavam ansiosos para o lançamento de A Marca de Atena, e bem, ele já está em pré-venda com o lançamento marcado para o dia 3 de Maio. Agora é só aguardar, e eu tomar vergonha na cara e ler o resto da série para poder comprar os outros três da série Os Heróis do Olimpo.
[Foto retirada do Facebook da Intrínseca]

Outro livro que entrou em pré-venda e está deixando quase toda a blogosfera literária em estado de ansiedade compartilhada é A Elite, continuação do livro A Seleção. Eu confesso: eu também ainda não li esse livro, não é falta de vontade, é sério, mas toda vez que estou fazendo meu pedido de livros eu acabo colocando outro no lugar dele, e assim vai, porém, assim que possível eu vou comprar o primeiro porque não aguento mais ler tantas resenhas positivas e ainda tê-lo em minhas mãos *chora* A data de lançamento está prevista para o dia 23 desse mês ainda.


Em Chamas
Eu, como uma fã de cinema, assisti Jogos Vorazes e me apaixonei, então é normal eu esperar ansiosamente a continuação, mas, o meu desejo de ler os livros só cresce e eu só enrolo para comprar devido a diversos fatores que me impedem. Essa semana foram divulgadas duas imagens novas para nos deixarem mais ansiosos enquanto esperamos o trailer ser liberado. A Lionsgate também lançou um site interativo.
[Foto retirada do site The Hunger Games]
[Foto retirada do site The Hunger Games]

Larissa Mirandah

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Na Playlist #4

Eu fui fisgada de surpresa pelo Imagine Dragons, devido ao meu recente amor por Radioactive que apareceu aqui semana passada, eu escutei as músicas deles a semana inteira,  me perdoem, é viciante, tem uma melodia diferente, aquela sensação que te faz querer cantar junto e sorrir só de ouvir as vozes, porém, outra banda que me acompanhou foi Swedish House Mafia, Don't Worry Child arrancou lágrimas de meus olhos e tudo que eu queria era pular ao som dessa música, me pergunto como eu não sabia da existência dessas bandas incríveis, é quase um crime... Eles merecem um espaço aqui, apenas aumentem o som e sintam as emoções de cada nota, e escutem a playlist com carinho.


Larissa Mirandah

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Os 13 Porquês - Jay Asher


Título: Os 13 Porquês
Título Original: Thirteen Reasons Why
Autor: Jay Asher
Tradução: José Augusto Lemos
Editora: Ática
Ano: 2009
Páginas: 256
Sinopse:
"Ao voltar da escola, Clay Jensen encontra na porta de casa um misterioso pacote com seu nome. Dentro, ele descobre várias fitas cassetes. O garoto ouve as gravações e se dá conta de que elas foram feitas por Hannah Baker - uma colega de classe e antiga paquera -, que cometeu suicídio duas semanas atrás. Nas fitas, Hannah explica que existem treze motivos que a levaram à decisão de se matar. Clay é um desses motivos. Agora ele precisa ouvir tudo até o fim para descobrir como contribuiu para esse trágico acontecimento."

[Sinopse retirada do site da Livraria Saraiva]

Você já parou para pensar em como suas ações refletem na vida das pessoas que convivem com você? Às vezes uma simples atitude, palavra gesto, ou até mesmo a falta de algum desses elementos é capaz de causar danos irreversíveis. Nem sempre enxergamos as consequências de nossos atos, o que vem depois é o “E se?”: e se eu agisse diferente? E se eu tomasse alguma atitude, ajudasse? E se eu pudesse voltar atrás?

Hannah Baker era uma adolescente como qualquer outra, sonhava, adorava festas, se apaixonava, estudava, porém, um dia ela não aparece na escola e logo depois surge a notícia que espanta toda a cidade: Hanna Baker cometeu suicídio. Com o tempo, todas as pessoas se esquecem dela, de quem era ela, exceto uma.

Clay Jensen lembra nitidamente dessa garota, mas há algo que não sai de sua mente: O que levaria Hannah a tirar a própria vida? Um dia, como qualquer outro, Clay chega em casa e se depara com uma caixa com sete fitas cassetes endereçadas à ele, ao apertar play sua mente é inundada por uma voz que ele jamais imaginava ouvir, a de Hannah.

Antes do suicídio, Hanna decidiu gravar os treze motivos que a levaram a escolher a morte, cada história possui um protagonista que tem um pouco de culpa, as regras são simples: Você ouve as fitas e passa para o protagonista da história que vem após a sua. Clay não consegue compreender o porquê de aquelas fitas estarem com ele, como ele pode ter contribuído para a morte de Hannah? Agora ele precisa ouvir as histórias até chegar a sua vez, ele precisa entender porque ele faz parte desta lista e o que levou Hannah a tirar a própria vida.

Sabe quando um livro é tão forte que você mal consegue expressar em palavras sobre o que é a história? Os 13 Porquês é capaz de fazer isso e um pouco mais, eu li o livro há alguns meses atrás e até então eu não conseguia escrever essa resenha.

O livro não é fácil de ser lido, é uma história profunda, dolorosa, cheia de angústia e com um final não tão feliz para alguns. As fitas são narradas por Hannah, e a cada história você conhece um dos motivos que causaram a morte dela, algumas me deixaram sem reação e outras me traziam ódio, eu entendi o motivo da personagem sentir cada emoção ali, de certa forma eu vi todos os problemas pelos olhos dela, e o que era para ser uma adolescência comum se tornou um pesadelo.

Clay é um personagem incrível, eu passei praticamente o livro todo tentando entender o que ele poderia ter feito contra a Hannah, e a história sobre ele me surpreendeu, eu fiquei imaginando o que ele sentiu, senti vontade de entrar no livro e abraçá-lo, dizer que iria dar tudo certo. Acho que eu não conseguiria ouvir as treze histórias, porém, ali há mais do que a história do Clay e dos outros, é a história da Hannah, é uma história que nos mostra que nossas atitudes podem acarretar consequências inimagináveis, quando eu cheguei ao fim, desejei profundamente que o final de Hannah fosse diferente.

Eu acho que um livro assim, mesmo sendo bastante forte, deveria ser tratado entre os adolescentes, é uma história densa e muitos não teriam coragem de pegar o livro, mas é uma história que poderia muito bem ser real, é uma situação que poderia acontecer com qualquer um de nós, é um tema delicado para ser tratado, e Jay conseguiu fazê-lo com maestria, ele tornou a história real, palpável, por mais que eu queira acreditar que não, que é uma história impossível, eu sei que não é, infelizmente. Todas as histórias se conectam, a situação cresce monstruosamente e você começa a sentir a angústia da personagem, ela queria ser salva, ela queria que alguém a enxergasse.

Jay Asher acertou em cheio no seu livro de estreia, ele consegue te prender até o último minuto, você precisa saber as outras histórias, você não consegue soltar o livro até descobrir quais são os 13 porquês, é inevitável. O livro é doloroso de ser lido? Sim, mas é necessário, é uma dor que precisa ser sentida, eu senti vontade de salvar a Hannah em vários momentos e ela trouxe lágrimas aos meus olhos. O autor mudou minha forma de tratar as pessoas. 

Apesar de ser um livro curto, há muito mais histórias nas poucas páginas do livro do que eu seria capaz de descrever, a história de Hannah é apenas um exemplo: quantas vezes não dizemos as coisas sem pesar as consequências? Quantas vezes não julgamos alguém sem conhecer essa pessoa? E como essa pessoa fica diante disso tudo? Às vezes não conseguimos olhar ao redor e enxergar as pessoas que precisam de nós, às vezes uma simples palavra de conforto pode salvar uma vida, o suicídio é algo sério, a ideia do livro é te fazer refletir: O quanto suas ações afetam a vida de outras pessoas?

"Você não pode interromper o futuro, nem modificar o passado. O único jeito de descobrir o segredo é apertando o play."


Larissa Mirandah

domingo, 7 de abril de 2013

Calendário de Filmes: Abril

No Calendário de Filmes do mês passado eu separei cinco filmes que eu queria muito assistir, infelizmente eu só consegui assistir um deles, mas G.I. Joe 2: A Retaliação estreou no dia 29 de março, portanto eu ainda tenho esperanças de assistir ao filme. Minha meta é assistir ao menos um dos filmes que eu coloco no post, enfim, essas são as estreias de Abril, espero que vocês tenham assistido muitos filmes no mês passado e que esse mês seja mais recheado ainda.
*Clique no título do filme para ser redirecionado para a página de onde foram retiradas as sinopses e datas de estreias.

Sinopse: Jack Harper (Tom Cruise) é um dos últimos "coletores" restantes na Terra. Ele faz parte de uma grande operação para extrair recursos vitais, depois de décadas de guerra com uma ameaça terrível conhecida como Scavs. Com a missão quase completa e sempre vigiando os céus a metros de distância, a vida de Jack muda radicalmente após resgatar uma moça (Olga Kurylenko) de uma nave espacial que caiu. A chegada dessa mulher o fará questionar tudo o que sabe e colocará o destino da humanidade em suas mãos.
Estreia: 12/04/2013


Sinopse: Baseado na obra de Nicholas Sparks, Um Porto Seguro conta a história de Katie (Julianne Hough), uma mulher que se muda para Southport, no Estado da Carolina do Norte. Ela está determinada a não formar laços afetivos, mas uma série de eventos a leva para novos relacionamentos. Sua chegada repentina na cidade levanta questionamentos sobre seu passado, que esconde um segredo sombrio que ainda a assombra.
Estreia: 12/04/2013


Sinopse: Zezé tem quase oito anos e vive com sua família pobre no interior. Ele é sensível, ele é precoce, ele é um contador de histórias: ele é um problema! Seu esporte favorito é transformar sua casa e a vizinhança em cenário para suas traquinagens. E elas não são poucas. Seu refúgio preferido é um pé de laranja-lima. É com ele que desabafa as coisas ruins que lhe acontecem, que comemora uma boa novidade ou com quem divide suas travessuras secretas. Uma história de amor e amizade tão tocante quanto o mais improvável dos encontros.
Estreia: 19/04/2013
Sinopse: Homem de Ferro 3 coloca Tony Stark/Homem de Ferro contra um inimigo sem limites. Quando Stark tem sua vida pessoal destruída, ele embarca em uma angustiante busca pelo responsável. Nessa jornada, a cada nova etapa, sua coragem será testada. Sem saída, Stark precisa sobreviver com seus próprios recursos, confiando na sua engenhosidade e instintos para proteger as pessoas próximas a ele. No contra-ataque, descobre a resposta para a pergunta que secretamente o atormentava: o homem faz a armadura ou a armadura faz o homem?
Estreia: 26/04/2013


Saldo de Março: A Hospedeira

Larissa Mirandah

sábado, 6 de abril de 2013

News!

Por incrível que pareça, essa semana foi muito calma, foram poucas as notícias do mundo literário, não tivemos muitos lançamentos, notícias de livros que serão traduzidos, pré-vendas ou algo relacionado, em compensação o mundo do cinema andou agitado essa semana pela ansiedade em relação às adaptações de livros.

Cidade dos Ossos
Eu ainda não li os livros da Cassandra Clare, e acredito que isso seja quase um pecado, mas eu estou ansiosa pelo filme, não sou poser nem nada, mas esse filme vem me cativando desde que saiu o primeiro trailer. Essa semana foram liberados dois novos posters, e um trailer novo:



Percy Jackson
Quando eu assisti O Ladrão de Raios eu me apaixonei pelo filme, porém, todo esse amor se esvaiu quando eu li o livro e percebi o quanto erraram com o filme, acho que eu não havia me decepcionado tão fortemente com uma adaptação, quando fiquei sabendo que haveria o filme de O Mar de Monstros eu fiquei com mais receio ainda, porém, acho que os produtores perceberam que se quisessem agradar os leitores precisariam modificar algumas coisinhas, afinal de contas, a história de Rick Riordan é indescritivelmente perfeita, merece um filme digno, quando saiu esse trailer eu comecei a acreditar que sim, a adaptação pode ser boa:


XVI Bienal do Livro Rio

Essa semana também ficamos sabendo de mais duas escritoras estrangeiras que estarão presentes na XVI Bienal do Livro Rio: Mary Gabriel, autora da biografia Amor e capital: Karl Marx e a história de uma revolução pela editora Zahar, e Cheryl Strayed, do autobiográfico Livre: A jornada de uma mulher em busca do recomeço pela editora Objetiva.

E por último, a Galera Record divulgou que o quarto e último volume da série Beautiful Creatures, intitulado Beautiful Redemption das autoras Kami Garcia e Margaret Stohl será lançado durante a Bienal do Livro desse ano, que acontecerá do dia 29 de Agosto à 8 de Setembro no Riocentro.

Larissa Mirandah

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Na Playlist #3

É comum algumas músicas te acompanharem durante o seu dia, no banho, quando acorda, enquanto lê, estuda, no caminho para o colégio, enquanto escreve. Algumas músicas tem o poder de fazer cada pedacinho do seu corpo se arrepiar, seus pés querem se mover e tudo que você sente que precisa fazer é dançar, dançar e dançar. Essas foram as músicas que acompanharam durante a minha longa semana, coloquem os fones, aumentem até o último volume e aproveitem!


Larissa Mirandah

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Coração de Tinta - Cornelia Funke


Título: Coração de Tinta
Título Original: Inkheart
Autora: Cornelia Funke
Tradução: Sonali Bertuol
Editora: Companhia das Letras
Ano: 2006
Páginas: 456
Sinopse:
"Há muito tempo Mo decidiu nunca mais ler um livro em voz alta. Sua filha Meggie é uma devoradora de histórias, mas apesar da insistência não consegue fazer com que o pai leia para ela na cama. Meggie jamais entendeu o motivo dessa recusa, até que um excêntrico visitante finalmente vem revelar o segredo que explica a proibição. Quando Meggie ainda era um bebê, a língua encantada de Mo trouxe à vida alguns personagens de um livro chamado "Coração de Tinta". Um deles é Capricórnio, vilão cruel e sem misericórdia, que não fez questão de voltar para dentro da história de onde tinha vindo e preferiu instalar-se numa aldeia abandonada. Desse lugar funesto, comanda uma gangue de brutamontes que espalham o terror pela região, praticando roubos e assassinatos. Capricórnio quer usar os poderes de Mo para trazer de Coração de tinta um ser ainda mais terrível e sanguinário que ele próprio. Quando seus capangas finalmente sequestram Mo, Meggie terá de enfrentar essas criaturas bizarras e sofridas, vindas de um mundo completamente diferente do seu."

[Sinopse retirada do site da Livraria Saraiva]

E se o mundo dos livros estivesse ao alcance de sua voz? Se cada personagem que você conhece tão bem estivesse ao seu lado, piscando e respirando assim como você? E se você tivesse esse dom: trazer o mundo das páginas para o mundo real? E pudesse conversar com o Harry Potter? Alice? Peter Pan? Mônica? Os Karas?

Maggie vive com o pai, e pouco se lembra da mãe, ela não a vê desde os três anos de idade, porém, há algo mais forte que liga pai e filha nessa história: o amor pela literatura. Ele é um restaurador de livros, o que lhes permite viajar muito, visitando livrarias antigas, bibliotecas, sebos, e sempre criando novas “roupas” para os livros que já passaram por muitas mãos, mas que ainda tem muitas histórias para contar.

Um dos mistérios que intriga Maggie desde pequena é o fato de seu pai nunca ter lido nenhuma história para ela, o que ela não sabe, é que seu pai, Mo, decidiu que nunca mais leria nada em voz alta, por mais que ela tente, ele sempre lhe diz não, porém, um dia, um estranho visitante aparece e muda o curso de suas vidas revelando seu segredo: Mo tem o dom de trazer os personagens dos livros para o mundo real apenas com a voz. Agora eles precisam lutar por suas vidas, e se proteger de um vilão que saiu das páginas de um livro, mas ninguém sabe ao certo as surpresas que o futuro lhes reserva, e as aventuras que os aguardam.

As palavras de Cornelia Funke conseguiram me encontrar e até mesmo surpreender, a história que ela criou é única, e mesmo com acontecimentos tão impossíveis eles se tornam reais, eu fiquei imaginando: essa história poderia sim acontecer com qualquer um, é uma história tão leve, mágica e ainda assim, suas linhas carregam mais sentimentos do que eu poderia descrever. A autora conseguiu ligar com maestria duas histórias que se unem em determinado momento e formam apenas uma.

Os personagens são incríveis, Maggie, Mo, Fenoglio, Dedo Empoeirado, e até mesmo o vilão Capricórnio em toda sua maldade, mas se tem alguém que me cativou profundamente foi a Tia Elinor, eu acho que ela conseguiu transmitir perfeitamente como os amantes de livros são, e a biblioteca dela é aquele tipo de lugar que faz meus olhos brilharem só de imaginar, eu sentia o cheiro dos livros antigos no ar, aquela sensação de magia em cada cantinho daquele lugar.

Outro personagem que merece minha atenção é o Dedo Empoeirado, a autora nos dá motivos suficientes para ao menos detestar sua presença, mas quando você conhece sua história é muito difícil não sentir um pouco de apego a ele, aliás, esse foi o único motivo de eu não ter amado o livro como queria, o final que ela deu para o Dedo Empoeirado me deixou muito triste.

Cada capítulo começa com um trecho de outros livros, e eu adorei isso, sem falar das ilustrações, e aquela capa é muito linda. É um livro infantil, mas ele é suficientemente capaz de encantar as mais diferentes pessoas, ele tem uma história cativante e apaixonante, no momento que você pensa que tudo está finalmente calmo, a autora te surpreende e o deixa ansioso para saber o que vai acontecer. Quando eu terminei o livro não sabia direito o que pensar, eu pretendo continuar a trilogia um dia, mas eu acredito que vale a pena sim, é mais do que uma história para encantar crianças, leia! Se você é um apaixonado por livros assim como eu, leia!

Nós sabemos que coisas mágicas acontecem enquanto lemos, mas essa não é uma história independente, é uma história sobre histórias, sobre o amor aos livros, sobre magia, sonhos, essa é uma história que literalmente te leva até o mundo feito de tinta.

Larissa Mirandah

terça-feira, 2 de abril de 2013

Sessão Pipoca: A Hospedeira

Você nunca sabe o que vai encontrar no cinema, por mais que você leia sinopses, críticas, spoilers ou assista trailers, cenas que vazaram ou qualquer outra coisa, é sempre algo novo, que surpreenda, nem que seja um pequeno detalhe, mas vai haver sim algo que você não conseguiu prever, quando eu entrei naquela sala de cinema eu sabia que eu não conseguiria prever nada sobre esse filme.

A Terra não é mais do jeito que conhecemos, ela se tornou um lugar melhor, não há miséria, fome ou problemas, bem, pelo menos para a maioria. Os corpos dos seres humanos foram habitados por alienígenas chamados Almas, e são eles os responsáveis pelas transformações do planeta, contudo, ainda existem aqueles que se negam a ceder seus corpos e buscam viver longe dos Buscadores, que tem a função de capturar os seres humanos.



Melanie Stryder é uma das sobreviventes em um planeta onde seres humanos são raros, porém, em determinado momento ela precisa se sacrificar para salvar aqueles a quem ama, então os Buscadores entregam seu corpo para uma Alma, chamada Peregrina, o que ninguém sabia era que Melanie não estava disposta a desistir de sua vida tão facilmente, ela precisa cumprir uma promessa. Agora as duas precisam lutar pelo que acreditam e para salvar aqueles que amam, mas como um corpo poderia abrigar duas pessoas diferentes? E quando o amor atravessa o seu caminho sem avisar?

Eu não estou aqui como crítica, eu faço parte do público, um público que precisa de histórias para sobreviver, histórias como essa. Sim, o filme é um pouco previsível, mas muito pouco mesmo. Eu fiquei encantada com o filme, o cenário, os atores, a trilha sonora, a premissa do filme, a forma como a ideia foi tratada e desenvolvida também me agradou muito, porém, o que mais me deixou deslumbrada foi o quanto a história é diferente, não me recordo de algo assim, parecido talvez, mas muito pouco. Há romance, ficção científica, uma dose de ação e quem sabe até algumas risadas.


No começo eu formei toda uma opinião e enxerguei o filme apenas de uma forma, mas quando começou a tocar Radioactive do Imagine Dragons e aparecer os créditos eu percebi que estava sem reação, tudo que eu imaginei foi simplesmente o contrário do filme, e eu amei isso. Eu poderia dizer apenas que o filme foi bom, mas de certa forma isso não seria suficiente, há muito mais por trás do romance, é algo maior, há uma mensagem, uma ideia a ser transmitida.

Eu li tantas críticas negativas sobre o filme, mas não consegui compreender os motivos, o filme não deixa a desejar em nenhum quesito: Efeitos especiais, fotografia, elenco, produção, direção, trilha sonora, todos estavam impecáveis, sem contar a originalidade da história. As pessoas precisam tentar entender que a Stephenie Meyer tem o direito de escrever algo diferente de Crepúsculo, elas precisam enxergar a beleza do filme sem fazer comparações com Crepúsculo, acredito que assim todos conseguiriam ver que o filme vai além de suas expectativas, mas infelizmente, as pessoas formaram um estereótipo de que tudo que ela escreve vai ser sempre igual, portanto os filmes também, A Hospedeira tem muito mais a oferecer, acredite, muito mais. Ah, e uma dica, ouçam a trilha sonora desse filme, em especial Radioactive do Imagine Dragons, não irão se arrepender.

Eu confesso que o filme me surpreendeu pelo rumo que tomou, cheio de momentos inesperados e cenas em que eu chegava a suspirar carinhosamente, ele pode não  mudar sua vida, mas de certa forma mudou um pedaço da minha, com certeza vai mexer com você, ah, e uma observação: eu adorei aqueles olhos azuis que identificavam quando havia alguma Alma no corpo, será que somente eu? Eu senti coisas que eu não consigo colocar no papel, um filme, apenas um filme me ensinou tanto, por isso eu digo, esqueça seu lado crítico, apenas vá ao cinema, aproveite, se divirta, se emocione e dê uma chance a este filme, eu recomendo, é uma história diferente e pensem: Até onde você se sacrificaria por amor?


Ficha Técnica
Título Original: The Host
Título no Brasil: A Hospedeira
Duração: 125 minutos
Ano de Lançamento: 2013
Gênero: Fantasia, Ficção Científica, Romance, Suspense
Diretor: Andrew Niccol
Elenco: Saoirse Ronan, Diane Kruger, Jake Abel, Max Irons, William Hurt, Chandler Canterbury, Frances Fisher.
Classificação Indicativa: 12 anos



Larissa Mirandah